8 dicas para realizar fantasias sexuais em sites de encontros

Todos temos fantasias sexuais, confessas ou inconfessáveis, mas raros são aqueles que falam sobre elas ou mesmo que as admitem a si próprios. Resultado da educação, da cultura, da etiqueta que molda as relações sociais, de traços de carácter, do receio de ser julgado e outros tantos constrangimentos, tendemos a catalogar as fantasias sexuais, principalmente as dos outros, no departamento do proibido, do embaraçoso, do tabu e até do inadmissível. Rótulos pesados que varrem a liberdade sexual e a possibilidade de explorar novas vivências sensoriais, que fazem parte do universo de cada um, para debaixo do tapete da repressão. 

Expor perante um parceiro uma fantasia sexual que se gostaria de satisfazer é intimidante, quase um ato de coragem. É desnudar-se de pudores, receios e preconceitos. Implica ficar à mercê da interpretação e do julgamento alheios. O receio de que a pessoa amada possa reagir mal ou de forma desajustada a uma mera fantasia são travões suficientes para calar a confissão. Torna-se, por isso, mais fácil abrir o jogo perante um amante de ocasião, um parceiro que se procurou num site de encontros para pessoas casadas, como o Second Love. Longe de laços de afetividade, de relações longas, carregadas de passado e que se pretendem duradouras, são menores os constrangimentos, senão mesmo inexistentes. 

Deixamos um breve guião sobre como abordar e encarar desejos privados e fantasias sexuais. 

1 – Aceitar as fantasias 

Aceite as suas próprias fantasias com naturalidade. Como sendo parte de si e de um cérebro desperto e curioso. É normal e até saudável fantasiar, imaginar e desejar novas experiências e também saber aceitá-las. Não se é ‘tarado’ por ter desejos eróticos menos comuns, nem se é ‘depravado’ por fantasiar com formas e métodos que fogem ao convencional. Desde que admitidas e praticadas consensualmente entre adultos informados, nada é proibido nem criticável entre amantes. Fantasias sexuais não são reflexo de que algo está mal ou errado na personalidade de um indivíduo. Para alguns terapeutas sexuais, são tão comuns quanto os sonhos e refletem apenas uma necessidade de expressão, podendo ser manifestações de necessidades ou desejos inconscientes. 

2 – Falar abertamente 

Expor sem dramas, culpas ou qualquer tipo de carga negativa os desejos mais íntimos é a forma mais acertada de abordar o tema. Revela frontalidade e abertura para encetar uma relação ‘desempoeirada’, isenta de constrangimentos ou espartilhos. Por acréscimo, soma intimidade e honestidade ao relacionamento. Só alguém muito seguro e sem medo de se revelar perante os outros expõe os seus segredos mais bem guardados. Ficar a nu perante um parceiro é um ato de coragem valorizado. Muitas vezes, essa conversa franca sobre gostos e fantasias é tudo aquilo que sempre faltou no casamento. 

3 – Saber o que pretende ao expor desejos eróticos 

O cérebro é a zona mais erógena do corpo humano. Apenas expressar uma fantasia sexual – louca ou menos louca – já é suficiente para incendiar os ânimos entre amantes e esse é um propósito a não desconsiderar. Confessar a um/a amante desejos ou práticas que considere excitantes serve vários propósitos. 

  • O de se conhecerem mais intimamente 
  • Trocarem os preliminares por filmes atrevidos onde a fantasia é realizada 
  • Colocar a fantasia, de facto, em prática 

Importa que saiba que ponto gostaria de chegar, mas apenas falar sobre o assunto pode ajudar a encontrar o caminho. 

4 – Uma fantasia sexual pode não passar disso mesmo 

Sonhar com sexo a três pode ser atrativo em teoria, mesmo quando se percebe que não se gostaria de partilhar um/a parceiro/a na cama. O mesmo é dizer que revelar uma fantasia ou confessar um desejo erótico não é sinónimo de expressar uma vontade, nem necessariamente de lançar um desafio ou expressar um pedido para que sejam realizados. Muitas fantasias não saem desse plano e são estimulantes para a líbido, por isso mesmo, por nunca passarem da imaginação, por serem apenas a ideia que alimenta uma prática sexual que pode nunca aventurar-se mais do que ‘o clássico’. Nesse sentido, convém avaliar a urgência ou necessidade da partilha. Todavia, ao serem partilhadas, podem ajudar a conseguir relações sexuais mais plenas e satisfatórias, pois a fantasia lança pistas sólidas sobre coisas que estimulam e excitam cada um. 

5 – Prepare-se para qualquer reação 

Confessar uma intimidade implica ocupar um lugar de maior vulnerabilidade, pelo que é sensato estar preparado para qualquer desfecho. Apreciar a ideia, ser-lhe indiferente, rejeitá-la desde logo ou mesmo sentir desconforto e repulsa são reações possíveis. Não se melindre. Somos livres para pensar no que quer que seja durante o sexo, mas usufruímos da mesma liberdade para não nos envolvermos em fantasias alheias que nada têm a ver connosco. 

6 – Estar recetivo/a às fantasias do parceiro 

Há casos de total incompatibilidade. Parceiros que gostem de juntar dor e prazer, por exemplo, dificilmente se sentirão sexualmente realizados com amantes que não partilhem esse tipo de excitação. Todavia, pelo meio, há muitas maneiras de realizar uma fantasia, de forma a ser satisfatória para ambos. Mantenha a mente aberta e explore novos caminhos. Caso o trilho não leve à direção pretendida, há sempre outras rotas e descobertas a explorar. 

7 – Não julgar 

Um desejo secreto não revela necessariamente um lado obscuro na mente dos indivíduos, apenas diferentes formas, mais ou menos consensuais, mais ou menos desinibidas, de procurar prazer. Aceitar o outro, ser empático e não julgar é uma postura saudável e a única permeável à busca do prazer em conjunto. 

8 – A sedutora arte da negociação 

Um desejo sexual nunca deve ser imposto, já que implica forçar o outro a algo que não deseja e esse é um caminho que conduz ao desastre. O pleno prazer sexual a dois só existe havendo preocupação mútua em satisfazer o/a parceiro/a. Diálogo aberto e sincero, tempo para maturar a ideia e uma fase de experimentação podem conduzir a compromissos e práticas satisfatórias e inesperadamente prazenteiras para ambos. Uma ideia nua e crua pode assustar e provocar resistência, mas a sua execução pode tornar-se sedutora, mesmo para aqueles que jamais a imaginaram. 

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